segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Quem É Frágil Agora, Hollywood?

Não posso dizer que sou cinefila. Simplesmente gosto de filmes, mas não sou apaixonada nem sei de cor os nomes de diretores, produtores, atores e essas coisas. Aprecio filmes cult, gosto de adaptações, amo filmes de ação, aventura e romance, e tenho uma quedinha por filmes de terror.
Mas os filmes que eu mais gosto são os que têm a personagem principal do gênero feminino sem um enredo que gire em torno de um romance. E estes são particularmente raros de se encontrar. Quase sempre que a personagem principal é mulher, a trama do filme é meio obvia e o gênero é quase sempre romance. Há várias discussões atualmente, principalmente com a enorme demanda de filmes de super-heróis saindo, se haverão filmes com super-heroinas como as principais, e se há demanda para esse tipo de filme. Bem, depois dos fracassos de bilheteria que foram Elektra e Mulher-Gato, sobre filmes baseados em quadrinhos eu não sei, mas há filmes em que as mulheres brilham sem um parceiro transpirando testosterona que as salve, e eu quero apresentar os meus cinco filmes Girl Power favoritos.

12 Horas – Esse é um filme de suspense/drama de 2012, e eu me surpreendi com ele. Sabe um daqueles filmes que você nunca ouviu falar, mas resolve dar uma chance? Pois é, 12 Horas é um desses. Estrelado pela loiríssima Amanda Seyfried, é a história de uma garota, Jill, que é desacreditada pela polícia quando diz que foi seqüestrada de casa por um homem pelo simples fato de ela ter histórico de instabilidade mental. Quando a irmã de Jill, Molly (Emily Wickercham), desaparece, ela começa a suspeitar que o seu seqüestrador voltou e quer vingança por ela ter escapado. Como ninguém acredita nela, a própria protagonista vai seguindo as pistas para encontrar a irmã, que ela acredita que irá morrer ao por do sol – daí o nome, ela tem doze horas para encontrá-la. E o que só adiciona para eu amar esse filme, Seyfried não tem par romântico na trama e não tem medo de dar uns tapas em ninguém.


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Nunca Mais – Outro filme de suspense/drama, e esse é pra deixar todas as mulheres orgulhosas, e eu vou lhes dizer o por quê. A história de Nunca Mais é a realidade de muitas mulheres; uma simples garçonete, Slim, interpretada pela Jennifer Lopez, se apaixona por um cara rico, casa com ele, tem uma casa grande, uma filha, e a idéia de viver-feliz-para-sempre à la Cinderela. Só que o maridão, Mitch (Bill Campbell) é o tipo de cara machão que a gente encontra muito por aqui, com poder e mil mulheres em cada canto, e ele começa a bater em Slim. Então ela pega a filha de cinco anos e foge. Só que ela não é muito boa nisso, e Mitch acaba as encontrando. Bem, sem querer contar a história do filme, mas já adiantando um pouco do que você pode encontrar nesse filme, Slim resolve parar de fugir e enfrentar o maridão. Esse filme é um dos meus favoritos por ser realista o suficiente, e ter aquela volta por cima que muitas mulheres que sofrem com relacionamentos abusivos merecem.

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Salt – Não é classificado como um filme de ação, mas NOSSA, poderia ser! Com a bocuda da Jolie interpretando Evelyn Salt, esse filme de espionagem é muito bom. É um daqueles filmes que, conforme você vai assistindo, você vai pensando “Puta que me pariu”. Salt é uma agente da CIA acusada de traição e espionagem quando um desertor russo a aponta como sendo uma agente russa infiltrada. Assim, não é a melhor produção de 2010, mas com certeza te prende a atenção, e o fôlego. Apesar do seu marido ter sido seqüestrado por agentes russos, os feitos de Salt vão além do resgate dele, são para o bem maior do país. É aquela marmelada patriótica americana de sempre com uma pitada de paranóia, MAS isso não deixa o filme de fora dos meus cinco favoritos.

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Erin Brockovick – Quando você vê a seguinte frase “Baseado em uma história real”, já começa a pensar que o filme não é lá essas coisas. HAHA, pense de novo. Erin Brocokovick é uma comédia dramática dos anos 2000, que conta a história de – surpresa, surpresa! – Erin, uma mãe solteira, com três filhos, sem qualificações no começo dos anos 90. Interpretada pela eterna Linda Mulher, Julia Roberts, Erin consegue um emprego numa pequena advocacia e acaba se envolvendo em um processo contra uma grande empresa de gás e eletricidade, a PG&E (Pacific Gas and Electricity). Acontece que o que seria um pequeno processo de compra de imóvel acaba se tornando o maior processo de danos na história dos EUA, pois a PG&E acaba por envenenar a população da pequena cidade Hinkley por despejar produtos químicos nocivos nos lençóis freáticos. Erin, mesmo sem um diploma de direito, é quem convence a cidade a realizar o processo e quem convence o seu chefe de que vale à pena ajudar essas pessoas. Tudo isso e tendo que voltar pra casa e cuidar dos seus três filhos no fim do dia; fala que isso não é um exemplo de mulher? Fora que ela é super segura de si, usa roupas apertadas e não tem vergonha de falar o que pensa.

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Histórias Cruzadas – Eu não poderia deixar de acrescentar esse filme nessa lista. Essa adaptação do livro A Resposta conta a história de três mulheres americanas nos anos 60. Uma jovem caucasiana espirituosa que quer se tornar uma romancista tem a idéia de contar o ponto de vista de empregadas negras sulistas do Sonho Americano. Skeeter (Emma Stone) pede ajuda a duas empregadas, Aibileen (Viola Davis) e Minny (Octavia Spencer, que ganhou um Oscar de Mlhor Atriz Coadjuvante com esse papel em 2013), e elas tem que escrever esse romance de não-ficção às escuras, porque o que elas estavam fazendo era contra lei. O filme tem um pouco de tudo, mas está entre meus favoritos porque, além de criticar o modo de vida das pessoas nos anos 60 – e, convenhamos, até a vida de hoje -, mostra que ir contra o sistema pode trazer bons resultados a longo prazo.

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Lógico que eu tenho uma lista imensa de filmes favoritos, mas esses eu tenho perto do coração. Porque não pinta as mulheres como o sexo frágil de sempre. 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Diário de Bordo: 1º Mês

Coisas que Ninguém me Contou Sobre a Cirurgia.

1 – Tiraram meus pulmões e venderam no mercado negro

Depois que eu saí da cirurgia e fui pra sala do pós-operatório, eu não conseguia respirar. Dois meses com o fisioterapeuta me ensinando a porcaria da respiração cachorrinho mas não tirou um minuto pra me falar como seria difícil respirar depois da cirurgia. Tudo o que ele me disse era que eu precisava exercitar minha respiração para o pós-operatório, pois eu seria intubada na mesa e eu tinha que ter pulmões fortes e blábláblá. Ele bem que podia ter me avisado o verdadeiro perigo da coisa: olha, Stephanie, você corre o risco de ter colapso dos pulmões, e o médico vai injetar ar dentro da sua caixa torácica durante a cirurgia, então vai ser difícil respirar. Agora, vai, mais uma seqüência de vinte. Mas não. Descobri isso quando perguntei pra uma enfermeira porque cargas d’água tava difícil pra respirar.

2 – Dreno: O Alien

Ouvi o médico falar do dreno o tempo todo, o que era e tal, e que eu ia ficar com o dreno por dez dias após a cirurgia. Até aí, beleza. Só que aquela merda incomoda. Uma porra de um tubo saindo de suas entranhas, lógico que incomoda. E muito. Você não consegue dormir direito, porque ele mexe e dói. Você não consegue andar reta porque ele mexe e dói. Você mal consegue fazer o curativo porque ele mexe e dói. Acho que foram os dez dias mais demorados da minha vida.
Sem contar que o meu médico, carinhosamente apelidado por minha irmã e eu de Dr Simpatia, na hora de tirar o dreno, arrancou (!!!!) o curativo, com pontos e tudo, e puxou o dreno sem dó. Olha, ele só não ganhou um soco porque doeu pra caralho.

3 – Comi Um Sapato

Ah, os elogios. “Nossa, você emagreceu tanto!” é o que eu mais ouço. É, valeu, tia, mas não entusiasma não porque isso aqui não veio sem um preço. Acordo todo dia de manhã com a boca grossa e com gosto de pé. Não me pergunte porquê. Acho que tem alguma coisa a ver com o fato de eu não comer nada e minha saliva fica tipo “não vamos trabalhar? Então você vai ver só uma coisa...”. Acho que nunca gastei tanto com Listerine na minha vida.

4 – Virei Bebê

Não sei se eu comentei, mas eu não como. Faz um mês. Não, não se assuste, eu não estou fazendo greve nem to passando fome. Na verdade, eu não sinto fome. At all. Mas eu sinto uma sede desgraçada, e está relacionada ao item 3. Dá-lhe água. Só que, como só com água o corpo não pára em pé, eu tenho que tomar isotônicos (Gatorade, oi) para repor sais minerais, sucos naturais e papinha. É. Papinha. Tipo de bebês. Porque meu estômago, que atualmente é do tamanho de uma tampinha de garrafa, ainda não produz suco gástrico. Por isso, nada de alimentos sólidos. Então, alimentos têm que ser batidos e coados. Papinha.
 Só que papinha enjoa. Não é a toa que tem alguns bebês que cospem papinha na sua cara. Chega num ponto que você olha pra sua refeição batida no liquidificador e pensa “eca, que gosma!”. E não é tudo que eu posso comer, então as opções são meio limitadas, e é onde eu acabo por não comer durante o dia. O que me leva ao próximo item.

5 – Minha Pressão Não Sabe Brincar

Se cair uma caneta no chão, ela vai ficar lá. Porque se eu abaixar pra pegar, minha pressão acha que tá numa montanha russa e vai com tudo pra baixo.
Por falta da ingestão de nutrientes, sais e whatever, eu fico constantemente cansada e fraca (Isso também é um pouco o meu corpo se ajustando à sua nova forma e tal). E minha pressão abaixa com facilidade, o que me deixa tonta, com visão turva e, muito raramente, com as pernas meio bambas. Por isso, eu passo o meu dia todo sentada. Mesmo quando eu não estou fraca, se eu ficar muito tempo em pé, eu começo a me sentir meio tonta e um pouco enjoada. Não que eu tenha nada no estômago pra vomitar, mas mesmo assim a sensação de enjôo está presente.

6 – Novembro, o mês de mil dias

E a sensação de que o tempo não passa? Chezuis, parece que faz um ano que eu fiz a cirurgia, mas não. Fazem trinta e sete dias, só.
Minha próxima consulta é no dia três, e parece que ele não quer chegar. Chega o Natal mas não chega dia 3 de dezembro.

Porque eu quero que minha consulta chegue? Bem, porque vai ser quando o Dr Simpatia vai começar a me liberar pra viver minha vida de novo. Dirigir, me exercitar, e se Zeus quiser, mudar minha dieta. Porque viver de papinha e Gatorade é o ó. 

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Não É O Que Parece

“Nossa, como você... tá forte/cresceu”. Não, eu estou gorda. Pode falar, isso não me ofende. Ser gorda, gay, loura, ou ter vida sexual ativa (vulgo “vadia”) não é ofensa, e se você pensa o contrário, meu amigo, eu tenho pena de você.

“É difícil achar roupa pro seu... tamanho?” É, porque a industria da moda acha que todas nós temos as medidas da Gisele Bündchen. Nem a auto-intitulada “moda plus size” é plus size – gente, calça nº 46 não é plus size, pelamor.

“Você acha mesmo que deveria comer isso?” Eu to com fome, eu tenho condições de pagar comida, e estou com vontade de comer isso, então sim, eu acho que eu devo. Cale a boca.

“Você tem que se amar”. Eu me amo. Quem te passou a idéia do contrário? Só porque a minha bunda é duas vezes o tamanho da sua, não quer dizer que eu me odeio.

“Fico feliz que você tenha decidido fazer a cirurgia, agora você vai se cuidar”. Eu me cuido muito bem. Tenho a saúde perfeita, muito obrigada. Eu decidi fazer a cirurgia porque tenho tendência a continuar engordando, e eu gosto muito da minha coluna. Estou pensando na minha saúde futura; ficar magra é uma conseqüência.

“Mas você não quer emagrecer?” Lógico que eu quero. Toda pessoa gorda sonha em emagrecer, e aquela que diz que “não” está mentindo. Existem aqueles de nós que vão ao médico, fazem dietas extremas, se matam na academia pra perder de cinco a dez quilos. Também tem aqueles de nós que se aceitam, e se amam como são, e são felizes com o próprio peso. Querer emagrecer é uma coisa. Agora, emagrecer é outra completamente diferente.

Ser gorda não me faz doente. Ser gorda não quer dizer que eu tenha um distúrbio alimentar. Ser magra muito menos quer dizer saúde. Do mesmo modo que ser loura não te faz burra, ter tatuagens não te faz um marginal, usar roupas curtas não te faz uma vadia – nem é desculpa pra ser assediada na rua, muito menos está pedindo – ser gay te faz menos humano, ou ser religioso te faz um santo ou pregador.


Então, é, nem tudo é o que parece. Pense nisso da próxima vez que ver uma pessoa na rua que ative o seu modo preconceituoso. 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Seriesholic - Once Upon a Time

Vamos colocar ordem nessa bagaça? Meu blog tá criando teias de aranha...Shame on me.
Cada ano que passa, os seriados americanos ficam mais e mais populares. Muitos deles chegam a durar décadas, outros ficam no ar por apenas uma temporada. Ao contrário do Brasil, que o roteiro das novelas é principalmente voltado para o público feminino (e muitas vezes com conteúdos repetitivos), os seriados americanos têm um mercado enorme com variações de estilo – desde seriados de terror aos melosos água-com-açúcar, dos reality shows aos investigativos/documentários, esses últimos normalmente voltados para o núcleo paranormal. CBS, Warner, Universal e HBO são alguns dos canais que mais lucram com seriados. Pessoalmente, eu acompanho várias. Sou uma seriesholic, e com orgulho. Desde quando meus pais assinaram Sky, não há um dia que eu não assista pelo menos um episódio de algum seriado. 
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Depois de bater a cabeça por alguns dias sobre o que escrever, eu resolvi fazer uma série de cinco posts sobre meus cinco seriados favoritos que ainda estão no ar. De repente, eu posso até fazer um post sobre seriados que já terminara, ou que foram cancelados, que eu também acompanhei. São seriados conhecidos, mas que nem todo mundo assiste porque são um pouco modinha. Por exemplo, o seriado que eu vou começar falando hoje. 
Once Upon a Time
“Era uma vez”, o nome do seriado em português, conta a história da Branca de Neve numa versão mil vezes melhor do que a da Disney. Na trama, a Rainha Má – invejosa e cheia de recalque – joga uma maldição em todos na Floresta Encantada, porque ela se recusa a aceitar que a Branca de Neve e o Príncipe Encantado tenham vencido e viveriam felizes para sempre. Essa maldição mandaria todos para uma terra sem magia, em que viveriam infelizes por toda a eternidade, sem suas memórias, presos no tempo. A única pessoa que seria capaz de quebrar a maldição é a filha da Branca de Neve, Emma, ao completar vinte e oito anos, e que teria que ser mandada com sua mãe para a terra sem magia em questão antes de a maldição atingir a Floresta. Branca seria mandada ainda grávida por um portal criado por Gepeto e a Fada Azul, mas ela entra em trabalho de parto na hora H e a bebê é mandada sozinha para a Terra.
Confuso, né? Mas a história é muito boa, apesar de ter os seus momentos.
Emma Swan, vivida pela antiga Cameron no seriado House, Jennifer Morrison, é arrastada para a cidade de Storybrooke, no Maine, por um menino que afirma ser seu filho há muito dado para a adoção. Henry (Jared Gilmore), seu filho biológico, lhe conta uma história louca sobre ela ser a heroína da pequena cidade, em que todos são personagens de contos de fadas. Cética, mas preocupada com a saúde mental do menino, ela decide ficar na cidade por um tempo, a contra gosto da mãe adotiva e prefeita da cidade, Regina Mills (Lana Parilla). De acordo com Henry, Regina seria a Rainha Má, por isso a queria bem longe de Storybrooke. Mesmo não acreditando, Emma decide ir na do menino e, fingindo que tudo aquilo não é loucura, ajuda-o a identificar as pessoas da cidade como personagens de contos de fada. Por exemplo, o psicólogo da cidade Archie (Raphael Sbarge) seria o Grilo Falante; a professora de Henry, Mary Margaret (Ginnifer Goodwin), seria Branca de Neve, e o dono da penhoraria - e também agiota -, Sr Gold (Robert Carlyle), seria Rumpelstiltskin.
Eu amo esse seriado porque ele entrelaça as histórias de contos de fadas em uma só seqüência de eventos. Fica um pouco confuso, porque os episódios vão e vem no tempo, e entre as dimensões, Terra e Floresta Encantada, pra poder explicar as histórias das personagens, mas se você pegar desde o começo, você não se perde. O seriado não carece de personagens carismáticas, como Henry, e nem de criatividade – porque, quem diria que a Fera, da Bela e a Fera, seria Rumpelstiltskin, e que fora ele quem arrancou a mão do Capitão Gancho?
Durante os primeiros episódios, fica aquela coisa de ‘será que não é só invenção mesmo?’, o que deixa a gente louco pra descobrir se tudo não passa da imaginação de uma criança solitária, mas então eventos estranhos começam a acontecer em Storybrooke, e quando você perceber, já vai estar fisgado na trama.
Pra quem não gosta muito de seriados, ou pra quem não tem tempo ou acesso aos episódios, a escritora Odette Beane passou a história da TV para as páginas de um livro. ‘A Once Upon a Time Tale: O Despertar’ é quase tão bom quanto o seriado, perdendo alguns pontos só porque a história é contada apenas do ponto de vista da Emma e da Branca de Neve. O seriado conta melhor a história das personagens e tudo o mais, e o livro explica melhor os conflitos que a Emma passa na cidadezinha. Tanto um quanto o outro valem muito a pena, e eu não me arrependo de ter descoberto mais esse mundo mágico. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Tag: Como Eu Leio

Não sei como eu me meti nessa fria, nem porque cargas d'água eu acabei caindo nessa, mas eu fiz. 


Fui marcada pra fazer esse vídeo pela Dani, então eu mandei a vergonha dar uma volta com o bom senso. Antes de assistir ao vídeo, eu chamo a atenção de vocês para as seguintes pontos: 


  1. Eu mexo no meu cabelo quando to nervosa, então não reparem a quantidade de vezes que eu fuçando nas minhas madeixas;
  2. Tava nublado, a iluminação do meu quarto é uma merda, eu não ia trocar de blusa nem se me pagassem, então o vídeo tá escuro, foda-se;
  3. Às vezes eu fico olhando pro nada: não é a técnica Smell Fart, é que eu preciso colocar minhas ideias em ordem pra conseguir falar coerentemente - quem me conhece sabe, eu vivo dizendo que eu penso mais rápido do que eu consigo falar;
  4. Sim, eu faço caretas;
  5. Eu não sei editar vídeo, então vai do jeito que eu gravei mesmo. 

Dani, te amo, mas eu vou te matar :) 


Não sou de taguear as pessoas nessas coisas, mas eu faço questão de chamar a Lari pra fazer o vídeo. Sim, você pode me xingar e espernear o quanto quiser, eu quero a senhorita com a cara no YouTube também. 

terça-feira, 9 de abril de 2013

Geração Um Dia Frio


Chega de falar de dicas de mulherzinhas. Vamos falar da Tekpix – não, espera, propaganda errada.

Vamos falar de livros?
Semana passada eu vi em vários lugares a frase ‘Heróis da Nossa Geração’ com uma imagem dos três personagens de três sagas diferentes que fizeram o maior sucesso entre os adolejovens. Bom, nada mais digno de chamá-los assim – os heróis da geração dos nossos pais foram Chico, Cazuza, Cássia, Elvis, Renato e assim por diante. Na nossa, que a música tá uma merda (sei que vão me xingar, mas é verdade. Precisamos de ‘heróis’ melhores do que Michel Teló e MC Catraca), os heróis vem dos livros.
Daí eu pensei que não seria uma má idéia falar sobre eles um pouquinho. Tem muita gente por aí que não sabe muito bem do que falam as histórias, ou que baseiam suas opiniões nos filmes. Então, como eu já li esses livros e amo, eu vou fazer essa série de postagens sobre as personagens dos livros – porque são bastantes personagens bons, não só os principais – pra divulgar as histórias como elas merecem.
Vou começar por uma paixão pessoal que está tomando meu tempo e energia há uns quatro anos:

Percy Jackson


Achou que eu ia começar por outro, né? Eu pensei sobre isso, mas Harry Potter já teve a sua parte pelo mundo, e eu não conheço uma pessoa que não saiba pelo menos alguma coisa sobre ele. Eu escolhi o Percy porque ele é mal interpretado.

Quando eu ouvi sobre esse livro pela primeira vez, eu pensei ‘nossa, que chatice’. Filhos de deuses gregos foi uma tecla muito batida lá pelos anos 80 e 90, com os seriados Hércules e Xena – A Princesa Guerreira. Quero dizer, todo mundo sabe como isso acaba, de uma forma ou de outra – lutas dramáticas entre caras de togas.
Mas eis que surge Rick Riordan, um texano professor de História que era apaixonado por história grega. Ele conta que inventou uma história para o filho Haley, que gostou tanto que incentivou o pai a escrevê-la e publicá-la.  Um viva para Haley Riordan!

Na verdade, a história de Percy Jackson se passa na atual Nova York, e não na Antiga Grécia, como a maioria das histórias de semideuses. O que é um bônus enorme, porque elimina aquela linguagem ‘tu és pra mim (um chuchu que colhi na vida )’.
Percy é quem narra os primeiros cinco livros – sim, há mais, yaaay!! – contando as suas aventuras em tempo real. Ele se descreve como um menino problemático de doze anos que acontece de se meter em encrencas, e que nunca pára numa escola. Ele é filho de mãe solteira, e ela nunca fala no pai dele. Suspeito, né.
Ao contrário da maioria das histórias, que falam dos Poderosos Filhos de Zeus - sem falhas, defeitos ou pontos fracos - Percy é filho de Poseidon disléxico, hiperativo e com déficit de atenção, que não tem papas na língua e que não é exatamente a pessoa mais esperta do mundo.
No primeiro livro, descobrimos que o seu melhor amigo Grover é um sátiro – versão para menores -, seu professor de História paraplégico é, na verdade, Quíron – o tutor de heróis mais famoso que existe – e que a sua professora de Matemática é um monstro (e todas não são?). Ao longo da saga, vão surgindo muitos monstros que nós estamos carecas de saber quem são – como a Medusa, o Minotauro, a Hidra e o Leão da Neméia – e, claro, os deuses do Olimpo.
O que é legal dessa série é que Riordan adapta as personagens das histórias antigas com características atuais, e ainda dá aquela idéia de originalidade que abraça o livro com perfeição. E ainda dá aquela lição de moral sutil – oi! A história se repente. Mudanças são necessárias. Confie em seus amigos estranhos, mas desconfie daqueles perfeitos demais. Cuida da natureza. Pégasos gostam de donuts. Essas coisas...

Esse post tá ficando bem grande, então vou dar uma pausa. Eu volto ainda essa semana para falar mais um pouco das personagens – e vou fazer um esforço para fazer isso sucintamente, porque eu costumo divagar demais quando falo sobre livros

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Universo ou Cosmo? - Tutorial

Não sou boa em explicar nada pra ninguém. Mas isso não me impede de tentar. 
Essa semana eu postei uma foto no Instagram, e uma amiga sugeriu um post explicando como fazer o desenho.





Não é tão difícil quanto parece, mas é um pouquinho demorado. Como eu não tirei fotos do processo, eu vou postar passo a passo o que eu fiz. O que você vai precisar é: 
  • Uma pinça, ou um alicate cego. 
  • Um pincel de pontilhados, ou um palito de dentes
  • Um pedaço limpo de esponja. A de lavar louças é melhor - corte um pedacinho, não vai fazer a mínima falta.
  • Um recipiente qualquer para despejar esmalte. Tipo aquelas palhetas de tintas, só que não precisa ser necessariamente de madeira; pegue um prato de isopor ou qualquer coisa do tipo que você ia jogar fora. 
  • Esmaltes: Preto, azul claro, branco¹ ou perolado, amarelo, alaranjado², glitter³ e um furta-cor/3D.
O que você vai fazer é:
  1. Passe um esmalte preto de sua preferência. Se você não é muquirana, passe uma camada grossa, ou duas camadas mais finas. Não importa realmente, contanto que o esmalte preto fique uniforme na unha. 
  2. Despeje um esmalte branco na sua palheta improvisada. Com a pinça - ou o alicate cego - pegue o pedacinho de esponja e passe no branco. 
  3. Com cuidado, faça uma trilha onde você quer fazer o desenho, batendo a esponja de leve na unha. Certifique-se que o esmalte preto esteja seco o suficiente! Não precisa ser perfeito, e nem simétrico. Quanto mais diferente uma trilha da outra, mais bonito vai ficar. 
  4. Repita o processo com um esmalte amarelo e um alaranjado. Lembrando que você não vai fazer camadas grossas. Não é pra ficar perfeito, mas tente passar o amarelo mais ou menos em cima do branco e o alaranjado tente deixá-lo mais no centro. 
  5. Pegue um esmalte azul claro e, ainda com a esponja, passe-o nas bordas da sua 'via láctea' para suavizar o branco que estiver aparecendo, e para dar a impressão de degradê das estrelas se afastando. 
  6. Com o palito, pontilhe um esmalte branco ou perolado pela unha. Não precisa fazer muitos, só alguns para dar a impressão de planetas. 
  7. Seguindo a trilha que você fez, passe um esmalte de glitter. 
    Passo extra: Se você preferir, ou tiver, passe um esmalte furta-cor ou o 3D por cima do preto. 

Parece trabalhoso, mas não é tanto assim. Lógico que você tem que ter um pouco de paciência, mas quando você vir o resultado, vai ver que valeu a pena. Ainda mais quando elogiarem a sua Unha Galática. 

¹ - Esmalte branco: pode ser qualquer um, literalmente. Como ele vai servir de base para as outras cores, você pode usar até o Renda que vai funcionar do mesmo jeito. 
² - Esmalte alaranjado: os laranjas costumam ser bem chamativos. Se você for comprar para fazer essa nailart dê preferência para os laranjas mais suaves, puxados para o rosado. Do contrário, pode misturar o seu laranja drag com um rosinha que dá o mesmo efeito. 
° - Glitter: dê preferência aos glitters de tons brancos.