terça-feira, 9 de abril de 2013

Geração Um Dia Frio


Chega de falar de dicas de mulherzinhas. Vamos falar da Tekpix – não, espera, propaganda errada.

Vamos falar de livros?
Semana passada eu vi em vários lugares a frase ‘Heróis da Nossa Geração’ com uma imagem dos três personagens de três sagas diferentes que fizeram o maior sucesso entre os adolejovens. Bom, nada mais digno de chamá-los assim – os heróis da geração dos nossos pais foram Chico, Cazuza, Cássia, Elvis, Renato e assim por diante. Na nossa, que a música tá uma merda (sei que vão me xingar, mas é verdade. Precisamos de ‘heróis’ melhores do que Michel Teló e MC Catraca), os heróis vem dos livros.
Daí eu pensei que não seria uma má idéia falar sobre eles um pouquinho. Tem muita gente por aí que não sabe muito bem do que falam as histórias, ou que baseiam suas opiniões nos filmes. Então, como eu já li esses livros e amo, eu vou fazer essa série de postagens sobre as personagens dos livros – porque são bastantes personagens bons, não só os principais – pra divulgar as histórias como elas merecem.
Vou começar por uma paixão pessoal que está tomando meu tempo e energia há uns quatro anos:

Percy Jackson


Achou que eu ia começar por outro, né? Eu pensei sobre isso, mas Harry Potter já teve a sua parte pelo mundo, e eu não conheço uma pessoa que não saiba pelo menos alguma coisa sobre ele. Eu escolhi o Percy porque ele é mal interpretado.

Quando eu ouvi sobre esse livro pela primeira vez, eu pensei ‘nossa, que chatice’. Filhos de deuses gregos foi uma tecla muito batida lá pelos anos 80 e 90, com os seriados Hércules e Xena – A Princesa Guerreira. Quero dizer, todo mundo sabe como isso acaba, de uma forma ou de outra – lutas dramáticas entre caras de togas.
Mas eis que surge Rick Riordan, um texano professor de História que era apaixonado por história grega. Ele conta que inventou uma história para o filho Haley, que gostou tanto que incentivou o pai a escrevê-la e publicá-la.  Um viva para Haley Riordan!

Na verdade, a história de Percy Jackson se passa na atual Nova York, e não na Antiga Grécia, como a maioria das histórias de semideuses. O que é um bônus enorme, porque elimina aquela linguagem ‘tu és pra mim (um chuchu que colhi na vida )’.
Percy é quem narra os primeiros cinco livros – sim, há mais, yaaay!! – contando as suas aventuras em tempo real. Ele se descreve como um menino problemático de doze anos que acontece de se meter em encrencas, e que nunca pára numa escola. Ele é filho de mãe solteira, e ela nunca fala no pai dele. Suspeito, né.
Ao contrário da maioria das histórias, que falam dos Poderosos Filhos de Zeus - sem falhas, defeitos ou pontos fracos - Percy é filho de Poseidon disléxico, hiperativo e com déficit de atenção, que não tem papas na língua e que não é exatamente a pessoa mais esperta do mundo.
No primeiro livro, descobrimos que o seu melhor amigo Grover é um sátiro – versão para menores -, seu professor de História paraplégico é, na verdade, Quíron – o tutor de heróis mais famoso que existe – e que a sua professora de Matemática é um monstro (e todas não são?). Ao longo da saga, vão surgindo muitos monstros que nós estamos carecas de saber quem são – como a Medusa, o Minotauro, a Hidra e o Leão da Neméia – e, claro, os deuses do Olimpo.
O que é legal dessa série é que Riordan adapta as personagens das histórias antigas com características atuais, e ainda dá aquela idéia de originalidade que abraça o livro com perfeição. E ainda dá aquela lição de moral sutil – oi! A história se repente. Mudanças são necessárias. Confie em seus amigos estranhos, mas desconfie daqueles perfeitos demais. Cuida da natureza. Pégasos gostam de donuts. Essas coisas...

Esse post tá ficando bem grande, então vou dar uma pausa. Eu volto ainda essa semana para falar mais um pouco das personagens – e vou fazer um esforço para fazer isso sucintamente, porque eu costumo divagar demais quando falo sobre livros

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